Algo lúcido puro ópio
Os dias se arrastam multidões
Peço perdões por blusões pálido
Tanta formas rítmicas tardias
Faz frio por dentro mas estou bem
O vai vem dos carros o céu opaco
Me perco no percorrer da estrada
Nada para me entusiasmar o para
Em entediar, sair de uma saudade
Um abraço, ao meu amigo vamos
Conversar sobre infância sem ter
Depressão e ansiedade, fobia social
Bem ou maus, bom são esses os dias
Somos merecedores, somos capazes
Os dias nublados são rios atordoados
Mal cabem em mim, e nossa geração
Fumar, beber, fazer sexo de montão
Essa que é a diversão, os choros secos
Na multidão, secos sem limites na ocasião
E o chiclete sem doce, algo lúcido puro ópio
Tremendo de medo dos dias, que são puro
Distração, o meu blusão romantizando rock.
Autor: Flaviano Gomes da Silva
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